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Milhões para jornalistas e meios venezuelanos

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Por IELA em 16 de julho de 2010

Milhões para jornalistas e meios venezuelanos
Por Eva Golinder – EUA
16.07.2010 – Documentos recentemente revelados, retirados do Departamento de Estado dos Estados Unidos, a partir da Lei de Acesso à Informação (FOIA) evidenciam mais de quatro milhões de dólares em financiamento a meios de comunicação e jornalistas venezuelanos durante os últimos anos. O financiamento foi canalizado diretamente do Departamento de Estado através de três entidades públicas estadunidenses: a Fundação Panamericana para o Desenvolvimento (PADF), Freedom House e a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid).
Numa tentativa desesperada de esconder suas ações, o Departamento de Estado censurou a maioria dos nomes das organizações e jornalistas que tem recebido estes fundos milionários. Não obstante, um documento datado de julho de 2008 acabou deixando passar os nomes das principais organizações venezuelanas que estiveram recebendo estes fundos: Espacio Público e Instituto de Prensa y Sociedad (IPYS). Espacio Público e IPYS são as entidades que figura como as encarregadas de coordenar a distribuição dos fundos e projetos do Departamento de Estado para os meios e jornalistas venezuelanos.
Os documentos evidenciam que a PADF, de sigla FUPAD em espanhol, implementou programas na Venezuela dedicados a “promoção da liberdade dos meios e das instituições democráticas”, além de realizar oficinas de formação para jornalistas e o desenvolvimento de novos meios na internet, devido ao que considera as “ constantes ameaças contra a liberdade de expressão” e o “clima de intimidação e cesura contra os jornalistas e meios”.
Um dos programas da FUPAD, pelo qual recebeu 699. 996 dólares do Departamento de Estado em 2007, foi dedicado ao “desenvolvimento dos meios  independentes na Venezuela” e o jornalismo “via tecnologias inovadoras”. Os documentos evidenciam que mais de 150 jornalistas foram capacitados e treinados pelas agências estadunidenses e 25 páginas web foram financiadas na Venezuela com o dinheiro estrangeiro.  Espacio Público e IPYS foram os principais executores em nível nacional deste projeto, que adicionalmente incluiu a outorga de  “prêmios” de 25 mil dólares a vários periodistas.
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Sempre é bom lembrar que os Estados Unidos, que se outorgaram o título de polícia do mundo, prenderam recentemente uma jornalista peruana que vive nos EUA, sob  a alegação de que ela recebia dinheiro da Rússia. Nenhuma crítica tem sido feita a este ato arbitrário. Já se fosse Hugo Chávez a prender todos estes jornalistas que atuam na Venezuela, financiados com o dinheiro estadunidense, seria chamado de louco e ditador. (Por Elaine Tavares)

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