Início|Mártires|Panamá: homenagens aos mártires do 09 de janeiro de 1964

Panamá: homenagens aos mártires do 09 de janeiro de 1964

-

Por IELA em 10 de janeiro de 2017

Panamá: homenagens aos mártires do 09 de janeiro de 1964

Autoridades, estudantes do Instituto Nacional, organizações de base, os participantes dos feitos patrióticos de 09 de janeiro de 1964 e parentes dos mártires homenagearam Ascânio Arosemena e 20 outros jovens que deram suas vidas em defesa da bandeira nacional contra balas do exército EUA.
Em um ato desenvolvido no cemitério Jardim da Paz, o presidente Juan Carlos Varela disse que os 21 mártires e as centenas de feridos nos protestos que começaram em 09 de janeiro de 1964 permitiram que o Panamá pudesse hoje desfrutar plenamente o seu território e do Canal, espaço que deve ser explorado para o avanço dos mais jovens.
Simultaneamente, mas separadamente, a Frente para a Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (Frenadeso), realizou marchas pela cidade, na qual os manifestantes queimaram uma figura de pano representando o embaixador dos Estados Unidos no Panamá, John Feeley.
Na solenidade oficial o presidente afirmou que o canal, pelo qual lutou toda uma geração em 1964, deve manter a sua eficiência e competitividade, e o alargamento, inaugurado em junho do ano passado, deve servir para formar jovens panamenhos e reduzir as desigualdades.
Dom José Domingo Ulloa, Arcebispo do Panamá, disse que os feitos dos mártires, que ocorreram há 53 anos, deve “fazer crescer entre os panamenhos a sabedoria que nos permite ser capaz de nos elevarmos acima das diferenças e adversidades para fincar os pés e o coração nos bastiões de soberania, democracia e justiça social; capaz de criar o Panamá todos nós queremos “.
Foi hasteada a meio mastro a bandeira nacional na Praça da Independência, no centro histórico da capital, e, em seguida, realizada uma cerimônia religiosa na paróquia de Nossa Senhora da Misericórdia.A celebração mudou-se depois para o edifício Ascanio Arosemena, na Autoridade do Canal do Panamá, que abriga o monumento levantado aos mártires, “ a chama eterna”, onde foi feita uma homenagem.
Depois, perto do prédio da administração do Canal do Panamá foram semeadas várias bandeiras do Panamá. 
No dia 09 de janeiro de 1964, Ascanio foi um dos 21 estudantes mortos pelos soldados estadunidenses. Ele foi o que subiu na cerca do canal e pendurou lá uma bandeira do Panamá. Naqueles dias era proibido que os panamenhos entrassem na área do canal, então propriedade dos EUA. A morte de Ascânio, dos demais estudates, os centos de feridos e tudo o que se seguiu, possibilitou que anos mais tarde Omar Torrijos garantisse a retomada da área do canal para o Panamá.  

1964 – estudantes marcham para o canal

A bandeira do Panamá é içada, mas estudantes são assassinados

Traduzido do jornal A Crítica, do Panamá. 
 

Últimas Notícias