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Obama visita Cuba

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Por IELA em 19 de fevereiro de 2016

Obama visita Cuba

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitará Cuba em março desse ano, sendo o primeiro presidente estadunidense a pisar na ilha em 80 anos. A visita faz parte do processo de reaproximação dos dois países que começou no final de 2014. Esse ano, a ilha cumpre 58 anos da revolução que derrubou a ditadura de Batista e iniciou a caminhada para o socialismo.
Em Cuba, os cubanos vêm com bons olhos a visita e dizem que o presidente será bem vindo e o  receberão com a histórica cordialidade dos ilhéus. “Será uma boa oportunidade para ele ver os avanços que conseguimos fazer, mesmo sendo bloqueados comercialmente pelo seus país há mais de 60 anos”, dizem. Já os que vivem em Miami por não aceitar o regime socialista reagiram contra a viagem, alegando que ela muito mais beneficiará ao governo que ao povo. 
A Casa Branca, através da Secretaria de Imprensa divulgou uma nota sobre a viagem, dizendo que Obama vai a Cuba para avançar nos laços comerciais e pessoais que possam melhorar o bem estar do povo cubano e dar apoio aos direitos humanos. Não se sabe muito bem o que isso quer dizer. Estará a Casa Branca falando das suas violações em Guantánamo? Ou estará tentando dizer que Cuba não respeita os direitos humanos? Josefina Vidal, que comanda o grupo cubano que trata nas novas relações, já se pronunciou a imprensa dizendo que Cuba está aberta ao diálogo sobre qualquer tema, inclusive direitos humanos, sobre o qual tem concepção diferente da dos Estados Unidos, bem como sobre democracia, modelo político e política internacional. 
Obama fará uma reunião com o presidente Raul Castro bem como com representantes da sociedade civil. Resta esperar para ver como se comporta.Depois de mais de 80 sem que um presidente estadunidense tenha pisado em Cuba, a intenção de Obama – ainda segundo a nota – é reforçar o compromisso para a construção de uma nova relação entre os dois países. 
Fidel Castro ainda não se pronunciou sobre a visita de Obama e não se sabe se vai haver algum encontro entre ele e Obama. Já os grupos de oposição que atuam na ilha esperam que o presidente estadunidense se reúna com eles e lhes dê visibilidade mundial. 
Depois de Cuba, Obama segue para a Argentina, respaldando assim o presidente Maurício Macri, que é a expressão da direita argentina. Assim, os Estados Unidos pretendem fortalecer os laços com seus aliados, sempre apertando na tecla dos direitos humanos. Tema interessante a considerar que seu novo aliado Macri tem criminalizado os movimentos sociais e colocado na cadeia importantes lideranças populares. O velho discurso dúbio para enganar os ingênuos deverá ser a tônica.
Esse passeio pela América Latina é, visivelmente, a busca pela retomada do controle na região que viveu os últimos 13 anos algumas ilhas de progressismo, a partir das ações de Hugo Chávez, que se espalharam por todo o continente. A ideia de uma pátria grande, unida e soberana deu bastante preocupação aos EUA que, nesse tempo todo nunca descansou, investindo em entidades e ONGs que, nos países como Venezuela, Bolívia, Equador, Uruguai e Brasil seguiram fazendo seu trabalho de desestabilização.
 

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